Comércio fechado foi um dos principais causadores do aumento do desemprego no segundo trimestre
Tomaz Silva/Agência Brasil
Comércio fechado foi um dos principais causadores do aumento do desemprego no segundo trimestre

O desalento aumentou quase 20% no segundo trimestre, mostrou nesta sexta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Foram 5,6 milhões que perderam a esperança de encontrar uma vaga no mercado de trabalho, quase um milhão a mais que no primeiro trimestre. Foram mais 913 mil trabalhadores nessa condição.

Em dois estados, a taxa de desemprego chegou perto de 20%. Na Bahia, o desemprego alcançou 19,9% da força de trabalho no segundo trimestre, momento mais rigoroso da quarentena para conter a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Em Sergipe, a taxa ficou em 19,8%. Cerca de 8,9 milhões de trabalhadores perderam o emprego entre abril e junho, e a taxa média do trimestre foi de 13,3%.

Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lúcia Vieira, a dificuldade da coleta por telefone impediu que recortes por regiões metropolitanas e capitais.

"Há queda de aproveitamento na coleta por telefone, por isso não conseguimos recortes menores", pontua.

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Todos os setores da economia foram impactados pela perda de emprego, principalmente os mais sensíveis às políticas de distanciamento social , como o comércio. A perda no setor foi de 2,1 milhões de vagas. Na construção civil, foram 1,1 milhão a menos no período, por exemplo.

Apesar de disseminada, os dados indicam que a crise é maior para os mais pobres. Dos 8,9 milhões que perderam o emprego no período, 6 milhões eram informais, os mais vulneráveis - de cada 3 trabalhadores que deixou a ocupação, 2 estava no mercado de trabalho nessa condição.

O emprego formal, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reagiu em julho. Foram criadas 131 mil vagas, bem acima das expectativas do mercado.

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