A Caixa Econômica Federal apresentou no segundo trimestre de 2020 lucro líquido de R$ 2,558 bilhões. O resultado representa queda de 39,3% em relação ao ganho auferido no mesmo período de 2019, que foi de R$ 4,212 bilhões. Na comparação aos primeiros três meses deste ano, a redução foi de 16,1%. A provisão para calotes subiu 40%.
Os números divulgados pela Caixa nesta quarta-feira (26) refletem o impacto da crise com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
No segundo trimestre de 2020, as receitas com tarifas caíram 7%, para R$ 5,390 bilhões, na comparação com os três primeiros meses do ano. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi 18,8%, apesar da ampliação do crédito.
Segundo a Caixa, o volume de empréstimo registrado pelo banco no segundo trimestre foi o maior dos últimos quatro anos para o período. Os bancos públicos, sobretudo a Caixa, foram utilizados pelo governo para socorrer as empresas e pessoas físicas com linhas especiais de crédito.
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O crédito para as empresas subiu 50,4% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, no auge da crise. O empréstimo com desconto em folha para pessoas físicas ficou em segundo lugar com aumento de 41,4% e em seguida, os financiamentos habitacionais , com aumento de 30,8%.
Com isso, a provisão para calotes também subiu para R$ 2,817 bilhões – alta de 40% em relação ao primeiro trimestre e de 17,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Contudo, a taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias caiu de 3,14% para 2,48% entre o primeiro e o segundo trimestre. No entanto, o percentual subiu para 5,83% para 5,92% no caso de pessoas físicas.