A manutenção do veto ao reajuste para parte dos servidores públicos não aliviou as pressões no mercado financeiro. O dólar
ultrapassou a barreira de R$ 5,60 e fechou no maior nível em três meses. A bolsa
de valores
oscilou bastante, até fechar perto da estabilidade.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (21) vendido a R$ 5,607, com alta de R$ 0,053 (+0,95%). Esse é o maior valor desde 20 de maio, quando a cotação estava em R$ 5,69. Com valorização de 3,31% na semana, a divisa acumula alta de 7,44% em agosto e de 39,72% em 2020.
O dia foi marcado por oscilações. Na máxima do dia, por volta das 13h, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,63, o que fez o Banco Central ( BC ) intervir no mercado. A autoridade monetária vendeu US$ 650 milhões das reservas internacionais para segurar a alta.
No mercado de ações, o dia foi marcado pelo nervosismo. O Ibovespa , principal índice da B3 (a bolsa de valores brasileira), encerrou o dia com pequena queda de 0,1%, aos 101.370 pontos. No início da tarde, o Ibovespa chegou a cair mais de 1%, mas suavizou a queda nas horas finais de negociação. Depois de oscilar muito nos últimos dias, o índice terminou a semana praticamente estável, com variação negativa de 0,02%.
Apesar da Câmara dos Deputados ter mantido o congelamento do salário dos servidores até dezembro de 2021, o nervosismo permanece no mercado financeiro. No próximo dia 31, o governo divulgará o projeto de lei do Orçamento Geral da União de 2022.
O texto a ser enviado ao Congresso indicará se o governo pretende continuar a cumprir o teto federal de gastos no próximo ano, depois da queda nas receitas e do aumento das despesas provocados pela pandemia do novo coronavírus.