Cerca de um mês após ato realizado em 14 de julho na cidade de São Paulo , em que buscavam uma legislação específica para a categoria, entregadores de aplicativos têm recebido multas de trânsito que chegam a até R$ 6 mil. Segundo a Polícia Militar, diversas infrações ocorreram no ato, sobretudo a obstrução de vias.
Os entregadores de aplicativos acusam os policiais de aplicarem as multas para intimidá-los, enquanto a PM garante que eles infringiram normas de trânsito e, então, receberam as multas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, durante as três mobilizações dos motoboys no mês de julho, foram emitidas 76 multas para os trabalhadores, que contestam uma possível infração ao direito de manifestação .
Desse total, a maior parte, 50, foram aplicadas por "segurar ou manusear celulares na direção do veículo" e duas por obstrução da via. Como o sindicato havia comunicado as autoridades dos atos, porém, a Constituição proíbe repressões e multas pelas vias bloqueadas, por exemplo.
O ato dos entregadores cobrava o reconhecimento de uma legislação específica para eles em meio à onda de protestos por direitos, incluindo duas greves nacionais de motoboys . Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que cria uma nova categoria profissional, denominada trabalho sob demanda.