82% dos entrevistados no Nordeste acham a conta de luz cara ou muito cara
Pablo Jacob / O Globo
82% dos entrevistados no Nordeste acham a conta de luz cara ou muito cara

A Pesquisa de Opinião Pública 2020, realizada pelo IBOPE e pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), sobre o que o brasileiro pensa e quer do setor elétrico, apontou que 82% dos entrevistados da região Nordeste considera cara ou muito cara a  energia elétrica, sentida na conta de luz.

A média nacional ficou em 80%. A região Sul foi a que apresentou menos adesão, com 76%. O levantamento ainda mostra que, quando analisada a renda familiar, o sentimento de que a  conta de luz em todo o país é muito cara para 37% que recebe cinco salários mínimos e 49% quando a renda é de um salário mínimo.

Impostos altos e falta de concorrência foram apontadas como as principais causas para a  conta de luz  ser considerada cara – independentemente da faixa etária, nível de escolaridade, região do país, porte do município ou renda.

Para o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, o resultado indica que o consumidor não está satisfeito com o atual modelo de serviço do setor elétrico.

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"A pesquisa mostra claramente que as pessoas gostariam de escolher sua empresa fornecedora de energia. Percebemos também que aumentou o nível de conscientização sobe possibilidades de escolha que o mercado livre de energia. Este ano, a média nacional ficou em 80% enquanto no primeiro ano que realizamos o estudo, em 2014, eram 66% dos brasileiros", afirmou.

Na visão da Abraceel diante dos resultados pesquisa, o preço é o principal atrativo para a mudança na fornecedora de energia em todas as regiões do Brasil. No Sudeste e Sul, em segundo lugar ficou a busca por energias mais limpas, nas demais, a qualidade do atendimento. No centro-oeste estão os entrevistados que mais gostariam de criar sua própria eletricidade, com 94%, já no Sul e Nordeste o número é 6 pontos percentuais menor.

Medeiros acredita que são necessárias mudanças estruturais no setor para alcançar um preço menor para ambos – consumidor e empresário – e, assim, também trair mais investidores.

"Hoje, quem paga a conta desse atraso do setor é o trabalhador", disse Medeiros.

Atualmente, o mercado livre é responsável por 30% de toda a energia consumida do país e está presente em 85% das indústrias. Nos últimos 12 meses, o segmento cresceu 23% no número de consumidores.

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