As operadoras de plano de saúde estão aplicando, este mês, reajustes de 15% a 20% nos planos oferecidos, após registrarem altas expressivas nos lucros no segundo trimestre, ápice da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
As empresas responsáveis pelos planos de saúde no Brasil perderam 400 mil clientes entre os meses de março e junho. Mas o adiamento de procedimentos eletivos, com os beneficiários evitando hospitais com receio de contaminação pelo novo vírus, gerou uma forte redução das despesas para as operadoras no segundo trimestre.
O resultado dessa combinação de fatores está refletido nos balanços recém divulgados pelas empresas. Para a SulAmérica, o lucro quase dobrou no trimestre: foi de R$ 260,8 milhões para R$ 498,3 milhões na comparação anual. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de seis vezes.
Já a NotreDame Intermédica registrou alta de 150% no lucro líquido, para R$ 223,6 milhões. Na Hapvida, o lucro de R$ 278,6 milhões representou um crescimento de quase 25% sobre o valor apurado no mesmo período do ano passado.
A Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) chegou a recomendar aos filiados a não reajustar entre maio e julho, mas agora a trégua acabou.