O presidente Jair Bolsonaro deve definir até sexta-feira (21) por qual valor irá prorrogar o auxílio emergencial, atualmente em R$ 600, e quantas parcelas adicionais. A equipe econômica insiste em um valor menor para a continuidade do auxílio emergencial, o que vai exigir um acordo com o Congresso. Já os lideres dos partidos defendem mais uma parcela de R$ 600 e duas de R$ 300.
"Não sabemos ainda o valor, mas será abaixo de R$ 600 e passará pelo Congresso", disse um técnico envolvido nas discussões. A ideia seria prorrogar benefício no valor de R$ 200 ou R$ 300 até o fim do ano a fim de construir uma transição para o Renda Brasil, que vai substituir o Bolsa Família.
O auxílio emergencial de R$ 600 foi criado por lei de iniciativa do Congresso em abril para ajudar trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais, desempregados, além das famílias que recebem o Bolsa Família a atravessarem a crise na economia causada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
Inicialmente, o benefício seria pago por três meses, mas diante das incertezas, o governo prorrogou o auxílio emergencial por mais dois meses. A última parcela será paga em agosto.
Apesar de o orçamento de Guerra permitir despesas fora do teto do gasto público para enfrentar a pandemia, o custo elevado do auxílio emergencial, que já beneficiou 65 milhões de pessoas, preocupa a equipe econômica. Segundo dados do Tesouro Nacional, o gasto previsto até agora soma R$ 254,4 bilhões, sendo que já foram desembolsados R$ 182,87 bilhões.