Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC
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Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio ( OMC ), Roberto Azevêdo , afirmou nesta terça-feira (4) que a queda do comércio neste ano deve ficar dentro do cenário mais otimista. Em abril, a OMC estimou que o comércio mundial teria queda de 13% no cenário otimista e de 32% no pessimista .


“São dois cenários horríveis. Hoje os nossos economistas estão estimando que nós devemos ficar mais próximos do cenário otimista, se é que a gente pode chamar assim, em torno de 13%. Mesmo essa contração otimista é a pior do que vimos na crise financeira de 2008 e 2009. Pior que isso só na grande depressão dos anos 30”, disse.

Azevêdo do evento Diálogo Empresarial: novos desafios e oportunidades no comércio internacional, organizado pela Câmara de Comércio Internacional no Brasil ( ICC Brasil ) e pela Confederação Nacional da Indústria ( CNI ), transmitido pela internet.

Ele afirmou que há uma “certa preocupação” da OMS com o discurso nacionalista de autossuficiência como resposta às vulnerabilidades de falta de suprimentos da área médica , explicitadas na crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

“Na prática, a autossuficiência, além de ser raramente possível pelas especificidades de cada país, não é sustentável no médio e longo prazo. Primeiro, porque tem um custo altíssimo para a sociedade e, segundo, porque não reduz a vulnerabilidade a choques de desabastecimento. Pelo contrário, a concentração da produção no território nacional expõe o país a todo tipo de choque: desastres naturais, crises econômicas e políticas”, afirmou.

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