O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar os governadores, neste domingo (02), em razão das medidas adotadas para combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2), e por defenderem a criação de um “ auxílio emergencial permanente” de R$ 600 a trabalhadores informais.
Em conversa com jornalistas em uma padaria do Lago Norte de Brasília, o presidente , que estava passeando de moto, disse ainda que o isolamento social e o fechamento do comércio prejudicaram a economia . Sem citar nomes, ele disse que o mesmo governador que defende a medida quebrou seu estado.
"Alguns [governadores] estão defendendo o auxílio emergencial indefinido. Esses mesmos governadores que quebraram seus estados. Só que por mês dá R$ 50 bilhões. Vou arrebentar com a economia do Brasil", disse.
Bolsonaro também afirmou que autorizou o ministro da Economia , Paulo Guedes, a propor um novo imposto, mas sem aumento de carga tributária. Segundo ele, o novo tributo tem que ser compensado com a extinção de outro imposto ou desoneração. A declaração foi dada em uma padaria do Lago Norte, bairro nobre da capital federal. O presidente saiu de moto do Palácio da Alvorada, parou no comércio e depois retornou à residencia oficial.
— O que eu falei com o Paulo Guedes é que pode ser o imposto que você quiser. Tem que ver do outro lado o que vai deixar de existir, se vai diminuir o IR (Imposto de Renda), desonerar a folha de pagamento, acabar com o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) — disse o presidente.
Como o jornal Extra informou na semana passada, Bolsonaro deu aval para Guedes testar a aceitação do novo imposto sobre pagamentos, nos moldes da antiga CPMF, embora o presidente não deva fazer nenhum movimento de apoio público ao tributo.
Ainda ontem, Bolsonaro
afirmou que o novo presidente do Banco do Brasil (BB), “a princípio”, é André Brandão, ex-presidente do HSBC Brasil. A confirmação deve ser feita após nova conversa com Paulo Guedes
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