Os problemas no aplicativo impedem os beneficiários de usarem os R$ 600 (ou R$ 1,2 mil) do auxílio emergencial, indo às agências da Caixa em busca de respostas em meio à pandemia de Covid-19
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Os problemas no aplicativo impedem os beneficiários de usarem os R$ 600 (ou R$ 1,2 mil) do auxílio emergencial, indo às agências da Caixa em busca de respostas em meio à pandemia de Covid-19

Nas últimas semanas, as filas virtuais e dificuldade no uso do aplicativo Caixa Tem – poupança digital da Caixa Econômica Federal em que beneficiários recebem o  auxílio emergencial e o FGTS – levaram pessoas às agências do banco.


Os problemas no aplicativo impedem os beneficiários de usarem os R$ 600 (ou R$ 1,2 mil) do auxílio emergencial, indo às agências da Caixa em busca de respostas em meio à pandemia de Covid-19.

Isso aconteceu com Gabriela Gelard, beneficiária do auxílio emergencial e moradora do Rio de Janeiro. No dia 3 de julho, depois de não conseguir usar o Caixa Tem, ela foi até uma agência da Caixa para obter orientações sobre a segunda parcela do auxílio, que deveria estar disponível no dia 1º.

Lá, o funcionário do banco fez a exclusão da conta digital de Gabriela, afirmando que ela deveria refazer a conta no Caixa Tem no dia seguinte. "Tem gente que já foi à agência três vezes. Eles excluem a conta digital e o problema continua", diz Gabriela, que ainda não consegue refazer sua conta. 

Desempregada, ela já tinha passado por problemas em conseguir o auxílio emergencial. Gabriela se cadastrou no primeiro dia da validade do auxílio (7 de março) e houve uma  perda dos cadastros pela Dataprev.

Gabriela refez o cadastro e recebeu a primeira parcela em maio, em uma conta poupança que ela já tinha. Porém, com a mudança nas regras de operação do auxílio, ela teve de criar uma conta digital no Caixa Tem para receber a segunda parcela.

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Agora, ela teve de reenviar toda sua documentação para refazer a conta digital no Caixa Tem e aguarda há dias a resposta pelo aplicativo, que pede para que a beneficiária aguarde a análise dos documentos.

Não só os relatos do Rio de Janeiro chamam atenção, mas também de outras localidades no Brasil, como em Salvador. Na capital baiana, agências da Caixa voltaram a registrar filas e aglomerações na semana passada. Beneficiários relatam que foram às unidades do banco depois de não conseguirem acesso ou informações pelo aplicativo Caixa Tem.

"O deslocamento às agências coloca em alto risco a saúde das pessoas e dos bancários, no auge da pandemia em diversas localidades do país", diz o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, Sérgio Takemoto.

Nas redes sociais, relatos de beneficiários atestam horas de inconsistências e filas no aplicativo do auxílio emergencial. O banco confirmou que "pode ocorrer paradas no sistema em momentos de maiores concentrações". Segundo a direção da Caixa, têm sido registrados mais de 500 mil acessos simultâneos no aplicativo.

A Caixa já se pronunciou sobre o assunto em coletivas de imprensa, afirmando que os problemas no uso do app  Caixa Tem são por conta do alto acesso.

FGTS em atraso

Na semana passada, outro problema foi apontado por usuários do aplicativo. O banco deveria ter depositado o FGTS emergencial (de até R$ 1.045 por trabalhador) na poupança digital de nascidos em janeiro, fevereiro e março. Contudo, beneficiários foram comunicados que o pagamento seria depositado "em outra data".

Segundo informações da Caixa à imprensa, "o crédito foi reprogramado para o calendário seguinte, condicionado à complementação de dados no app FGTS". Porém, ao divulgar as regras do Fundo de Garantia Emergencial, o banco não orientou os beneficiários a "completarem cadastros". Tanto a abertura da poupança digital quanto o depósito do FGTS Emergencial seriam automáticos.

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