A quantidade de notas fiscais emitidas em São Paulo aumentou 12% desde o início da reabertura parcial de atividades no estado. Os dados foram levantados pela Secretaria da Fazenda e Planejamento, que observou uma leve tendência de recuperação da atividade na indústria, no atacado e no varejo após a introdução do " Plano SP ", que autorizou a reabertura de alguns setores.
Na última segunda-feira (7), bares , restaurantes , padarias e salões de beleza na Região Metropolitana de São Paulo voltaram a funcionar por até seis horas por dia e com obrigação de fecharem até as 17 horas.
De acordo com o governo estadual, a capital paulista e outras cidades da região têm observado uma estabilidade de novos casos e redução do número de óbitos. Por outro lado, cidades do interior ainda apresentam tendência de crescimento da Covid-19.
Apesar do aumento na quantidade de notas fiscais emitidas, os dados apontam também que a média de documentos emitidos ainda está longe de retomar o nível observado antes da pandemia.
No período anterior à quarentena, a média da quantidade de notas fiscais era de 23 milhões. Esse número caiu para 17 milhões nas semanas em quarentena. Com a abertura parcial, voltou a subir e está em 19 milhões.
Este aumento na quantidade, entretanto, não se refletiu na média do valor das notas fiscais. Os valores dos documentos emitidos cresceram 4% após a reabertura parcial do comércio.
"Percebemos que a atividade econômica, no que diz respeito a volume, está no máximo 5% menor do que com relação às mesmas semanas em 2019. O que mudou foi o valor médio transacionado. As transações estão num volume praticamente recuperado em relação a 2019 mas num valor médio menor porque estamos no meio de uma recessão global", afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen , na segunda-feira .
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De acordo com a Secretaria
, em razão da sazonalidade, pode haver dias com variação na movimentação e, portanto, o valor utilizado foi a média do total das notas emitidas durante o período.
Os dados isolados para o varejo de rua, entretanto, que excluem as transações por comércio eletrônico mostram uma variação perceptível.
Assim como nos dados gerais, a quantidade de notas fiscais emitidas também cresceu 12% em média no mês de junho no varejo de rua quando comparada com a quantidade observada nas onze semanas de quarentena.
Contudo, o valor médio das notas emitidas disparou para o setor: 15% no mesmo período, quando comprado a 4% de todo o comércio.
No caso do varejo de rua, a média do valor de documentos emitidos nas semans em quarentena ficou em R$ 896 milhões durante as semanas em quarentena. Após a reabertura parcial, subiu para R$ 1,03 bilhão. Antes da pandemia, a média observada era de R$ 1,2 bilhão.
No primeiro dia de autorização para a reabertura de bares e restaurantes em São Paulo , o governador do estado, João Doria , e o prefeito da capital paulista, Bruno Covas , fizeram um apelo para que a população não acredite que a flexibilização signifique o fim da pandemia. Ambos afirmaram que não queriam ver na cidade as mesmas cenas observadas em outras cidades, como no Rio de Janeiro e em Londres .
Na semana passada, aglomerações em bares no Leblon, no Rio de Janeiro , e em outras capitais ao redor do mundo chamaram a atenção e foram compartilhadas nas redes sociais.
Nesta segunda-feira, o governo de São Paulo também anunciou que os testes da vacina contra o novo coronavírus que o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac estão desenvolvendo começará no dia 20 de julho.