O Ministério Público do Trabalho (MPT) tem 114 inquéritos civis em andamento para apurar casos de Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2)m entre funcionários de frigoríficos. As investigações foram abertas a partir de 206 denúncias que estão sendo apuradas em 22 estados.
O levantamento é da Procuradoria-geral do Trabalho e contabiliza informações até o dia 1º de julho. O documento, no entanto, não diz quantas empresas estão envolvidas e nem quais são os nomes desses frigoríficos.
Além desses casos, o MPT ainda atua em mais 43 processos como mediador ou fazendo acompanhamento judicial de ações que envolvem frigoríficos contra outras partes. Os processos podem envolver sindicatos de trabalhadores, por exemplo.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, os frigoríficos são considerados como atividade essencial e não paralisaram seu funcionamento. Os locais possuem baixas temperaturas e costumam reunir muitos trabalhadores nas linhas de produção, o que torna o ambiente de trabalho um local com grande risco de contágio.
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De acordo com o Ministério da Agricultura, oito frigoríficos foram interditados no Brasil em função da Covid-19.
Para o sindicato que representa os trabalhadores da atividade, as empresas precisam se esforçar mais para conter a aglomeração de funcionários.
Já os frigoríficos dizem que estão tomando medidas de proteção, seguindo um protocolo criado pelo governo federal, que foi muito criticado por trabalhadores e Ministério Público do Trabalho.
O estado do Rio Grande do Sul lidera no quadro de reclamações recebidas. Até agora foram 51 queixas, sendo 38 em andamento, 11 arquivadas e duas na fase do inquérito.
Em seguida vêm Goiáas, com 44 denúncias e seis já arquivadas; Paraná (29 denúncias e nove arquivadas); Minas Gerais (29 denúncias, 13 arquivadas e uma em inquérito); Santa Catarina (24 denúncias e sete arquivadas); Mato Grosso do Sul (22 denúncias e 13 arquivadas).