Os planos de saúde registraram, em maio, o menor uso por seus beneficiários desde o início da série histórica, em 2016.
Segundo o boletim da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado, nesta segunda-feira (22), o efeito da pandemia sobre a demanda de procedimentos médicos fez o desembolso das operadoras frente ao valor recebido de mensalidades cair de 76% abril para 66% no mês passado.
Isto é, do que as empresas do setor receberam de seus usuários, gastaram 66% para cobertura dos gastos assistenciais. A mediana dos últimos quatro anos era de 76%, sendo o pico de 85%, em abril e junho de 2016.
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O levantamento da ANS, com dados fechados em 31 de maio, também mostra uma ligeira alta do número de inadimplentes de planos de saúde: a mediana subiu de 9% para 11%.
Os números da saúde suplementar de maio mostram ainda um aumento na taxa de ocupação geral de leitos (com e sem UTI), passando de 51%, em abril, para 61% em maio. Apesar da alta, o percentual é o mesmo registrado em maio do ano passado.
O boletim aponta ainda um crescimento significativo de leitor para atendimento à Covid-19 de abril para maio: de 45% para 61%.
Segundo o levantamento da ANS, os dados não indicam, até o momento, desequilíbrio assistencial ou econômico-financeiro no setor.
Para a elaboração do boletim a agência reguladora, para os dados assistenciais, utiliza informações enviadas por 50 operadoras classificadas que possuem hospitais próprios. Para a análise econômica são analizados os dados de 102 operadoras que juntas somam 74% dos usuários de planos de saúde médico-hospitalares do país. As medianas informadas pela agência, não refletem casos onde a discrepânica de valores.