A Petrobras decidiu manter cerca da metade de sua equipe administrativa trabalhando em casa permanentemente, disse a empresa à agência Reuters nesta semana. Nos últimos dias, a estatal vem estudando uma volta gradual dos funcionários em home office a partir de julho.
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Com o plano de oferecer a opção de telebralho aos empregados de áreas administrativas, a Petrobras se junta a uma série de empresas dispostas a repensar como organizam escritórios após a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A companhia informou à Reuters que a migração para trabalho remoto será opcional, com a meta de atingir mais de 10 mil funcionários da área administrativa.
A estatal espera alta adesão devido à demanda dos próprios trabalhadores. Por enquanto, a empresa manterá a equipe em número mínimo para conter a propagação do vírus.
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Desde março, a petroleira mandou para casa até 90% de seus 21 mil funcionários da área administrativa , de forma a conter a disseminação do novo coronavírus. Com isso, foi muito reduzida a circulação de funcionários em seu edifício-sede, na Avenida Chile, no Centro do Rio.
A empresa também adotou redução de carga horária e de salários, o que levou sindicatos a contestar a medida na Justiça.
A experiência da Petrobras com o trabalho remoto se mostrou bem-sucedida em termos de produtividade e revelou oportunidades para economia de custos com espaço de escritório, disse a empresa em resposta a questionamentos.
O modelo a ser oferecido a funcionários ainda está em discussão, assim como sua data de implementação. A estatal está entre as primeiras empresas de energia a planejar uma migração ampla e permanente para o trabalho remoto.
Além de ter observado bons resultados com o home office durante a pandemia, a Petrobras busca cortar gastos com a manutenção do trabalho remoto. Com menos pessoas trabalhando fisicamente, a estratégia já adotada pela empresa de fechar sedes com alto custo pode voltar, embora a estatal não confirme nada nesse sentido.