A exportação brasileira de café robusta aumentou 4,7% em maio deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, batendo a marca de 484,1 mil sacas exportadas, o que equivale a 16,3% da participação das exportações por variedade.

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Já o café arábica representou 73,8% do volume total de café exportado no mês, com 2,2 milhões de sacas embarcadas, apresentando uma queda de 27,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O café solúvel representou 9,9% dos embarques, com a exportação de 296,1 mil sacas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafe).

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O café solúvel representou 9,9% dos embarques, com a exportação de 296,1 mil sacas.
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O café solúvel representou 9,9% dos embarques, com a exportação de 296,1 mil sacas.

Considerando a soma de café verde , solúvel e torrado & moído , o Brasil exportou em maio deste ano 3 milhões de sacas de café, gerando receita cambial de US$ 370,7 milhões. O preço médio da saca foi de US$ 124,44, com alta de 5,2% em relação a maio de 2019.

De janeiro a maio de 2020, o Brasil exportou 16,6 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 19,2% nas exportações de café robusta, o que equivale a 1,5 milhão de sacas, na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial gerada pelas exportações no período foi de US$ 2,2 bilhões e o preço médio foi de US$ 133,06, com um aumento de 4,8%.

Segundo o balanço mensal da entidade, o principal destino do café brasileiro continua sendo os Estados Unidos , que importaram 3,3 milhões de sacas no período, o que representa 19,8% da participação no total das exportações. A Alemanha , segundo maior consumidor, importou 2,9 milhões, equivalente a 17,6% da participação.

A Itália , terceiro maior consumidor, importou 1,5 milhão de sacas (8,8%). Em seguida aparecem a Bélgica , com 1,1 milhão de sacas (6,9%); Japão , com 845,6 mil sacas (5,1%); Federação Russa , com 533,4 mil sacas (3,2%); Turquia , com 491,5 mil sacas (3%); Espanha , com 406,1 mil sacas (2,5%); Canadá , com 362,9 mil sacas (2,2%); e França , com 323,4 mil sacas (2%).

Cafés especiais

Com relação aos cafés diferenciados, aqueles com qualidade superior ou alguma certificação de práticas sustentáveis, o Brasil exportou 2,7 milhões de sacas, o que representou 16,1% do total embarcado no período e gerou receita cambial de US$ 455,4 milhões, correspondendo a 20,7% do total gerado com os valores da exportação de café no período. O preço médio da saca de cafés diferenciados ficou em US$ 171,04.

Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados, com 498,5 mil sacas exportadas (equivalente a 18,7% de participação nas exportações da modalidade), seguido pela Alemanha , com 359,9 mil sacas (13,5%) e Bélgica , com 324,6 mil sacas (12,2%). Em seguida aparecem Japão , com 261,8 mil (9,8%); Itália, com 201,8 mil (7,6%); Reino Unido , com 111,6 mil (4,2%); Espanha , com 109,2 mil sacas (4,1%); Suécia , com 80,6 mil sacas (3,0%); Canadá , com 76 mil sacas (2,9%); e Coréia do Sul , com 70,9 mil sacas (2,7%).

Segundo o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes , os volumes exportados em maio apresentaram uma boa performance, principalmente levando em conta o fato de o país estar no penúltimo mês do encerramento da safra de ciclo baixo e de o mundo estar atravessando um período de pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) .

De acordo com Carvalhaes , é importante destacar os esforços da cadeia do agronegócio brasileiro de café, que vem utilizando todos os estoques disponíveis para continuar atendendo a demanda do mercado global.

“Em relação à sustentabilidade, salientamos a importância da preservação da saúde de todos os envolvidos na cadeia, dos colaboradores aos consumidores, passando pela produção, logística, comercialização e indústria, seguindo rigorosamente os cuidados e medidas de prevenção, orientados pela OMS [ Organização Mundial da Saúde ] e órgãos estaduais e municipais de saúde”, reforçou.

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