A americana AMC Theatres , maior rede de cinema do mundo, afirmou ter “dúvidas substanciais” da sua capacidade de continuar operando. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a companhia informou que todas as suas mais de 11 mil salas de exibição ao redor do mundo estão fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) .
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“Durante este período, nós estamos gerando efetivamente nenhuma receita”, diz o comunicado, estimando que o prejuízo líquido no primeiro trimestre do ano será entre US$ 2,1 bilhões e US$ 2,4 bilhões, contra perdas de US$ 130,2 milhões no mesmo período de 2019.
Em abril, a AMC
levantou novo empréstimo de US$ 500 milhões, elevando suas dívidas totais para US$ 5,3 bilhões. Com o dinheiro captado, a rede informou que consegue manter suas unidades, sem fechamentos, até novembro.
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No documento, a empresa afirma ter dinheiro em caixa para retomar as atividades “neste verão (no Hemisfério Norte ) ou depois”, mas alerta que fatores como o movimento nos cinemas após a reabertura e uma nova suspensão das atividades podem forçar novos pedidos de empréstimo.
As salas de cinema estão entre os setores da economia mais afetados pela pandemia de coronavírus, pois foram forçadas a suspender as atividades pelo alto risco de contaminação. Mas o setor já enfrentava uma crise estrutural, provocada pela concorrência dos sites de streaming.
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Sem as salas de exibição, a maioria dos estúdios e produtoras adiou seus lançamentos, mas alguns apostaram nessas novas plataformas. A Universal
, por exemplo, lançou em abril o “Trolls World Tour” em serviços de streaming por aluguel.
O lançamento bateu vários recordes, incluindo o de maior volume de aluguéis em apenas um dia da Universal
. Com o sucesso, o estúdio informou que, mesmo depois da pandemia, planeja lançar filmes simultaneamente nos cinemas e no streaming. Como resposta, algumas redes, incluindo a AMC
, informaram que não irão mais exibir produções do estúdio.