A Argentina e seus credores chegaram mais perto de um entendimento depois que uma segunda rodada de propostas foi feita entre os principais detentores de títulos e o governo, reforçando as esperanças de que um possível acordo será alcançado para renovar cerca de US$ 65 bilhões em dívida.

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Buenos Aires apresentou uma nova proposta na quinta-feira, com vencimentos mais curtos e um período de carência menor de dois anos nos pagamentos de cupons, depois de recusar antecipadamente uma nova contraproposta de dois grupos principais de credores.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández


O ministro da Economia do país disse que a nova proposta dos detentores de títulos foi um passo na "direção certa", mas ainda ficou aquém do que o país precisa para se livrar da crise da dívida em meio a uma longa recessão.

"Esperamos continuar trabalhando com os credores que compõem esse grupo, que atualmente são os que têm uma posição mais distante das restrições que nosso país enfrenta", acrescentou Guzmán .

Segundo o Morgan Stanley disse num comunicado, "ainda é necessário mais trabalho, mas os dois lados estão cada vez mais próximos". O banco calculou o valor presente líquido (VPL) da nova oferta em cerca de 41,5 centavos por dólar, ante 33 centavos por dólar na oferta original.

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"Um VPL de 41,5 é uma melhoria decente e fica muito mais próximo da área 45-50, onde achamos que um acordo pode ser alcançado", disse o banco de investimentos, acrescentando que um acordo pode ser obtido no terceiro trimestre do ano com "mais boa vontade de ambos os lados".

A Argentina está travada em negociações para reformular dívida externa que se tornou insustentável. O país não conseguiu pagar cerca de 500 milhões de dólares em cupons de bônus na semana passada, marcando seu nono default soberano.

O governo adiou o prazo para um acordo até 2 de junho, embora pessoas próximas às negociações digam que a decisão pode ser protelada novamente.

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Siobhan Morden, da Amherst Pierpont , afirmou em nota nesta sexta-feira que os prazos estendidos e a oferta aprimorada sugerem um compromisso.

"Ainda não há um avanço oficial entre a Argentina e os detentores de títulos; no entanto, há um otimismo latente de que um compromisso será alcançado sob a influência moderada do presidente ( Alberto ) Fernández ", escreveu Morden.

Com uma forte estagflação que se arrasta há dois anos, a Argentina vem reafirmando que não está em condições de pagar sua dívida sem um desconto significativo.

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