Anunciada nesta quinta-feira (14), a renúncia do diplomata brasileiro Roberto Azevêdo ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio ( OMC ) terá um efeito negativo na economia mundial , justamente em um momento em que o comércio exterior precisa ser fortalecido. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria ( CNI ), que considera equivocada a saída de Azevêdo em meio a um cenário de crise dentro da própria OMC.
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Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi
, a saída antecipada do brasileiro é um resultado negativo do aumento do protecionismo no mundo e do unilateralismo. Para ele, Azevêdo apresentou resultados concretos desde que assumiu a direção da OMC
e é a pessoa certa para definir os rumos do comércio mundial neste momento de crise.
Para o Brasil , o distanciamento do mundo das regras internacionais de comércio e a imposição de barreiras são uma notícia ruim, ainda mais no momento em que o comércio exterior será um dos poucos instrumentos para o país sair da crise econômica - disse Abijaodi.
Ele destacou como resultados positivos da gestão do diplomata a celebração do Acordo de Facilitação de Comércio
da OMC
, em 2013, e um acordo para que países desenvolvidos eliminassem os subsídios à exportação de produtos agrícolas, em 2015. Mas lembrou que o organismo tem desafios, como o de solucionar o impasse no Órgão de Apelação
- terceira e última instância de disputas comerciais.