As vendas no varejo brasileiro registraram retração de 2,5% no mês de março, antes mesmo do agravamento da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no País. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês de fevereiro, a alta foi de 1,2%.
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Na comparação com o mesmo período do ano passado, com ajuste sazonal, a queda nas vendas do varejo foi de 1,2%. Nos três primeiros do ano, o indicador acumula alta de 1,6%. Em 12 meses, o crescimento é de 2,1%.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista recuou 1,2% em relação a março de 2019, contra aumento de 4,7% em fevereiro. Foi a primeira queda após 11 meses consecutivos de variações positivas nesta comparação.
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Na passagem de fevereiro para março, a queda só não foi maior porque o setor de supermercados e alimentos teve uma alta de 14,6%.
"Março foi bastante impactado pela estratégia de isolamento social adotada em algumas das cidades mais importantes e populosas a partir da segunda quinzena do mês. Essas cidades consideraram hiper e supermercados e produtos farmacêuticos como atividades essenciais, enquanto as demais tiveram as portas fechadas nos comércios de rua e nos centros comerciais", disse o pesquisador do IBGE Cristiano Santos. Os artigos farmacêuticos e médicos também tiveram crescimento (1,3%).
As outras seis atividades de varejo que foram pesquisadas tiveram queda nas vendas de fevereiro para março: tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%), móveis e eletrodomésticos (-25,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%) e combustíveis e lubrificantes (-12,5%).
O varejo ampliado, que também inclui materiais de construção e veículos, teve redução de 13,7% devido aos recuos de 36,4% na venda de veículos, motos e peças e de 17,1% nos materiais de construção.
O varejo ampliado teve queda de 6,3% na comparação com março de 2019. O setor se mantém estável no acumulado do ano e apresenta alta de 3,3% no acumulado de 12 meses.