O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (13), em conversa gravada e divulgada em seu Facebook com apoiadores na frente do Palácio do Alvorada, que não há falha do governo em relação ao pagamento auxílio emergencial de R$ 600. Segundo ele, as falhas acontecem por conta dos "golpes" e erros dos trabalhadores nas declarações.
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Segundo Bolsonaro , "muita gente deu golpe" e "não existe falha nossa [governo]", mas sim "erro do próprio interessado". No entanto, o próprio presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, já admitiu e se desculpou por problemas no sistema, que, segundo ele, também teriam relação com a "falta de conhecimento" dos usuários.
Desde 7 de abril, quando foram lançados site e aplicativo do auxílio emergencial , muitos postulantes a receber o benefício reclamam de instabilidade técnica, demora para análise do pedido, negativas sem justificativa e erros de avaliação. Houve ainda filas e aglomerações nas agências da Caixa e o adiamento da segunda parcela, que ainda não tem data prevista e chega nesta quarta a 15 dias de atraso.
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Segundo a Caixa, 50,5 milhões de brasileiros já receberam e 17 milhões de pedidos estão em análise. A Dataprev , estatal responsável por analisar os dados, disse que daria milhões de respostas até esta quarta, mas, nas redes sociais, muitos relatam que nada mudou até o início desta tarde.
"Tem erro também? Erro do próprio interessado. Não existe falha nossa. Entrou [no app ou no site], é um programa de inteligência artificial. Daí vai para o canto, é manualmente. O pessoal da Caixa está trabalhando de segunda a sábado porque é caso a caso", afirmou Bolsonaro.
"Muita gente que deu golpe, tem gente que usou protocolo do filho duas vezes, dois irmãos, tem um monte de coisa. É caso a caso. Mas ninguém fala dos 40 milhões que receberam. Vamos falar dos 40 milhões. O restante está na malha fina, eu lamento", disse o presidente em resposta às reclamações de pedidos negados.
Em outra oportunidade, Bolsonaro já havia chamado de "minoria barulhenta" aqueles que reclamam de pedido em análise ou negado, exaltando a importância do auxílio e os que já foram contemplados. Esse grupo, porém, reforça a demanda dos 17 milhões que aguardam resposta pra saber se receberão o benefício, segundo a própria Caixa.