Com a recuperação da cotação do petróleo no mercado internacional e a disparada do câmbio, a Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (6), o aumento dos preços da gasolina no país. O reajuste médio nas refinarias será de 12%, ou, em média, R$ 0,1097 por litro. Os novos valores passam a vigorar na quinta (7).
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Até o momento, a estatal não anunciou alterações nos preços do diesel. Esta é a segunda vez que a Petrobras
aumenta os preços da gasolina no ano. No dia 20 de fevereiro o reajuste foi de 3%, que foi seguido por sucessivas reduções após o início do isolamento social, que fez a demanda despencar, e da crise internacional do petróleo
.
Nos últimos dias, o barril do tipo Brent , referência no mercado internacional, começou a recuperar valor após tombo histórico. Nesta quarta-feira, ele está sendo negociado a US$ 28,95. No câmbio, do dia 1º de abril até 5 de maio, a valorização do dólar foi de 7,92%, passando de R$ 5,262 para R$ 5,679.
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Para Sérgio
Araujo
, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis ( Abicom
), o reajuste é natural e, na sua opinião, menor que o esperado. Desde o dia 21 de abril, quando a estatal fez sua última alteração no preço do combustível, com corte de 8%, o dólar e o barril de petróleo se valorizaram.
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"Eu entendo que a Petrobras
demorou a reagir porque está com estoques de gasolina muito elevados e a volatilidade está alta. Então, ela aguarda uma certa estabilização para a tomada de decisão. Mas esse aumento anunciado hoje é pouco, ainda não chega na paridade", afirmou Araujo, que estima defasagem em torno de 20% nos preços da gasolina.
Por Termo de Compromisso de Cessação assinado ano passado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
, a companhia é obrigada a acompanhar os preços internacionais dos combustíveis.
Analistas do mercado descartam que a atual defasagem nos preços seja resultado de orientação do governo federal. Eles acreditam que o problema está no estoque elevado por causa na queda na demanda. E a estatal tem pouca margem para reduzir a produção, pois o combustível é produzido junto com o GLP , gás usado nos botijões para consumo residencial.