O presidente Jair Bolsonaro, em uma tentativa de acalmar os ânimos dentro do governo, afirmou nesta segunda-feira (27) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é quem manda nas questões econômicas.
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Guedes rejeitou o "Programa Pró-Brasil", que consiste em planos nacionais de desenvolvimento e foi anunciado na última semana sem sua participação. Segundo fontes internas, ele entrou em choque com outros ministros, dentre eles Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional.
Bolsonaro decidiu comprar as dores de Guedes e o defendeu publicamente em entrevista na saída do Palácio da Alvorada, dizendo que "O homem que decide economia no Brasil é um só, e chama-se Paulo Guedes". Além de Guedes, estavam ao lado do presidente os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura), e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O 'superministro' da Economia, um dos principais pilares do governo, ficou incomodado com a divulgação do plano Pró-Brasil , que não passou pela equipe econômica e prevê gastos em obras de infraestrutura. Para Guedes, "O Programa Pró-Brasl, na verdade, são estudos". Ele garantiu ainda que "isso vai ser feito dentro do programa de recuperação da estabilidade fiscal nossa".
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Empoderado por Bolsonaro, Guedes voltou a defender as reformas estruturantes e a responsabilidade fiscal, que são as marcas de seu período à frente do Ministério da Economia. O ministro aproveitou ainda para cobrar que servidores públicos "não peçam aumento por um ano e meio" e "contribuam com o Brasil".