A Agência Nacional do Petróleo (ANP) recebeu pedidos para a paralisação da produção em 29 campos de produção no país, sendo 16 no mar e 13 em terra. Os campos são da Petrobras — com exceção de um no Rio Grande do Norte operado pela empresa Energipe — e mobilizam 42 plataformas. As áreas somam atualmente uma produção total de 65 mil barris diários de petróleo.
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A informação foi dada na noite desta quinta-feira pelo diretor-interino da ANP, Marcelo Castilho, durante teleconferência realizada pela empresa de comunicação EPBR. Segundo o executivo, do total de 42 plataformas envolvidas nos campos que vão parar de operar, dez estão nas bacias Sergipe/Alagoas, seis na Bacia de Campos (Norte Fluminense) e 26 no Rio Grande do Norte.
Em terra são várias unidades de produção em 13 campos, dos quais seis no Rio Grande do Norte, seis em Sergipe, todas da Petrobras , e uma num campo da Bacia Potiguar da empresa Energipe. As paradas de operação das plataformas precisam da anuência da ANP. A Petrobras já anunciou a intenção de reduzir sua produção diária em 200 mil barris.
"Em todos os casos, o motivo da solicitação de parada é a forte queda do consumo de petróleo provocado pela pandemia do novo coronavírus", disse o diretor, referindo-se à queda dos preços do petróleo no mundo.
O diretor explicou que, dos 29 campos com solicitação para parada de operação de plataformas, 20 já estão em processo de venda pela Petrobras, e já estavam em declínio de produção. A Petrobras tinha colocado à venda um total de 176 campos, sendo que parte já foi vendida e ainda restam 119 para serem vendidos a terceiros.
Segundo o diretor, neste momento de crise, a ANP tem sido flexível dentro do que a lei permite para tornar essas áreas à venda atrativas.