O Senado Federal vai votar, nesta quarta-feira (01), o projeto de lei que institui a Renda Básica de Cidadania Emergencial , a ser concedida em casos de epidemia e pandemia . A proposta, do senador Randolfe Rodrigues ( Rede-AP ), prevê um benefício de R$ 300 a R$ 1.500 por família por seis meses, prorrogáveis pelo tempo que durar a crise. O texto já recebeu 20 emendas.
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Para economistas, o governo precisa, sim, destinar valores para auxiliar os mais necessitados
, mas há preocupações sobre sobreposição de ações.
"Garantir renda nessa situação é essencial. Entendo que essa proposta seja para os mais miseráveis. E acredito que o valor e o prazo de seis meses são coerentes", afirmou André
Diz
, professor de Economia
do Ibmec
SP
.
Para o professor Marcelo Neri , diretor do FGV Social , seria melhor uma ação mais coordenada de medidas:
"Entendo que a proposta tem algumas sobreposições com o 'coronavoucher' que já foi aprovado. Duas ações fazendo coisas parecidas não é bom. Era melhor o governo coordenar melhor a ação e garantir que todos que necessitem recebam e que não aja dupla bonificação", declarou.
Na visão do professor da FGV
Direito
Rio
e da FGV
EESP
, Daniel
Vargas
, a proposta é um aprimoramento do que o Senado já aprovou.
"Eu vejo que o Senado aprovou o outro texto para não voltar a discutir tudo de novo. E esse traz mais benefício de prazo de teto maior. Reabre a dicussão, como nas emendas que querem agregar outras categorias não citadas ainda. Acho que, em momentos de crise, como este não é a hora de ver os detalhes. É fazer o dinheiro chegar. Depois a gente conserta eventuais problemas.
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Quem receberia?
Os beneficiários do Bolsa Família seriam contemplados, assim como todas as pessoas listadas no Cadastro Único de Programas Sociais ( CadÚnico ) e todos os seus dependentes , com renda familiar per capita (por pessoa) inferior a três salários mínimos (R$ 3.135) e que não sejam beneficiários do Bolsa Família .
No período de concessão da Renda Básica de Cidadania Emergencial , ficariam suspensos os compromissos assumidos pelas famílias para receber o benefício , como o de matricular e manter as crianças e os adolescentes na escola e o de vacinar as crianças de até 7 anos.
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O Cadastro Único
existe desde de 2003 e serve para seleção das famílias de baixa renda a serem beneficiadas por programas federais como Bolsa Família
, Tarifa Social de Energia Elétrica
, " Minha casa, minha vida
", Bolsa
Verde
e outros. Também é usado em programas estaduais e municipais.
Qual valor?
É previsto um valor mínimo de R$ 300 mensais por pessoa, limitado a R$ 1.500 por família.
Como o valor será depositado?
Numa conta cadastrada da Caixa Econômica Federal para os benefícios .
Ementas propostas
Dentre as 20 ementas propostas ao projeto, pedem-se o aumento do valor mínimo para R$ 600 e a inclusão de outras pessoas, como trabalhadores rurais e informais .