O presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia ( DEM-RJ ), disse nesta sexta-feira (27), a um grupo de cerca de mil empresários que o Brasil corre o risco de ter um cenário de epidemia tão grave quanto em países como Itália e Espanha .

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Em conversa por teleconferência com agentes econômicos ligados ao Grupo de Líderes Empresariais ( Lide ), o presidente da Câmara pediu paciência e falou sobre a necessidade de uma ação conjunta entre Legislativo e o governo federal para evitar o colapso do sistema de saúde . Desde que o presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer campanha contra o isolamento social e favor do "retorno da normalidade", parte do setor passou apoiá-lo.

Rodrigo Maia
Marcelo Camargo/ABr
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"Neste momento, do jeito das coisas estão indo, a gente corre o risco muito grande de que haja no Brasil o que está acontecendo na Itália , na Espanha e agora em Nova York ", disse Maia , que acrescentou: "Precisamos sentar todos numa mesa, presidentes, talvez um governador por região, pra que a gente possa abrir um diálogo e construir algo com o que nos une e não com o que nos divide".

Ao ser questionado sobre a relação entre os poderes por empresários, Maia disse que o governo está travado e não conseguiu elaborar com agilidade medidas para combater a pandemia do coronavírus . Ele argumenta que, se o governo federal já tivesse focado em medidas contra o desemprego , postergado o pagamento de impostos e apresentado uma solução para pagamento de aluguéis , não haveria conflito. Maia enfatizou que o país deveria "estar unido sob a coordenação do presidente".

"Se o governo tivesse garantido uma previsibilidade nos próximos dois meses, não ocorreria esse conflito nas redes sociais entre liberar ou não liberar (o isolamento social). A Itália testou, liberou e se arrependeu".

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Maia disse ainda que todos os governo impactados pela pandemia estão despejando dinheiro na economia, uma ação empreendida em cenário de "guerra". Ele acrescentou ainda que faltam medidas para que as empresas não quebrem. E as alternativas sugeridas pelo governo, até o momento, são consideradas "tímidas" pelo presidente da Câmara .

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