A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Kristalina Georgieva , traçou um cenário sombrio para a economia mundial, causado pela pandemia de coronavírus .

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Ela defendeu fortes medidas de contenção para controlar a propagação da doença e estabelecer as bases para uma forte recuperação em 2021.

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Disse que acabar com o isolamento de forma prematura não fará com que a atividade econômica mundial se recupere.

"Não há como chegar a uma recuperação forte, sem contenção forte", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro , por exemplo, tem se mostrado contra um distanciamento mais restritivo entre as pessoas. Ele defende o isolamento vertical , apenas para idosos ou pessoas com comorbidades (coexistência de duas ou mais doenças).

Em entrevista ao GLOBO, o ex-presidente do Banco Central ,  Arminio Fraga , afirmou que se não houver isolamento, economia pode sofrer segundo baque.

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Para a dirigente do FMI , a pandemia de coronavírus levou a economia mundial a uma recessão pior do que crise financeira internacional de 2009 . Ela enfatizou que, em uma estimativa conservadora, serão necessários investimentos da ordem de US$ 2,5 trilhões para ajudar as nações emergentes neste momento a saírem dessa "parada repentina".

"Está claro que entramos em uma recessão ", disse ela.

Segundo Kristalina Georgieva , os governos dos mercados emergentes sofreram um êxodo de capital de mais de US$ 83 bilhões de dólares nas últimas semanas. Muitos deles já estavam fortemente endividados e 80 países pediram ajuda de emergência ao FMI .

Na última quinta-feira, o FMI pediu aos líderes do G-20 (bloco que reúne as 20 maiores economias do mundo) o respaldo para a duplicação da capacidade de financiamento de emergência do organismo multilateral de crédito, para que seja dada uma resposta mais forte à pandemia do coronavírus. Segundo o FMI, a doença causará uma recessão mundial em 2020.

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Em um comunicado ao G-20 , Kristalina Georgieva , disse que a profundidade da contração e a velocidade de recuperação da economia vão depender da contenção da pandemia e "quão fortes e coordenadas são nossas ações de política monetária e fiscal ".

Segundo ela, é indispensável apoiar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, que têm sido particularmente afetadas pela crise, a paralisação repentina da atividade econômica, a fuga de capitais ,e para alguns países, a forte queda dos preços de matérias-primas.

Em videoconferência na quinta-feira, os líderes do G-20 anunciaram que vão injetar quase US$ 5 trilhões na economia mundial.

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