Empresários criticaram nesta quarta-feira a condução da resposta econômica à pandemia do coronavírus. Em videoconferência, o presidente do conselho de administração das Lojas Renner, José Galló, afirmou que, ao contrário da área da saúde, “na área econômica, ninguém está falando” e reclamou da falta de liderança e de clareza nas medidas.
Já o ex-presidente da Petrobras e ex-ministro Pedro Parente queixou-se de “descoordenação de maneira generalizada.”
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- Na área da saúde, temos um líder que está gerando confiança e dizendo as coisas com muita clareza. Na área econômica, ninguém está falando. O ideal seria que essas duas áreas conversassem e alinhassem o discurso. Tem que haver protocolos econômicos, do que os governadores vão fazer de forma padronizada em termos de logística, por exemplo. Essa comunicação e esses cronogramas, é isso que a população quer- reclamou Galló, em videoconferência organizada pela XP Investimentos.
Galló também criticou a implementação de medidas econômicas já anunciadas, como o auxílio financeiro para trabalhadores autônomos e informais:
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- O que foi oferecido, não sei ao certo se foram R$ 300, R$ 400, já deveriam estar na conta.
O presidente do conselho da varejista cobrou ainda a atuação de entidades empresariais junto ao governo:
- É hora de as entidades entrarem em campo, para reforçarem o trabalho do Paulo Guedes, para que apareça a parte das medidas econômicas de uma forma clara. Porque é através das medidas econômicas que vamos gerar confiança e esperança. Que a gente ache um líder que de uma forma efetiva agilize e ponha em prática isso tudo.
Pedro Parente - que foi ministro da Casa Civil no governo Fernando Henrique e foi responsável pela resposta à crise do apagão - afirmou que “claramente falta gestão.”
- A falta de coordenação que vemos é, em essência, falta de gestão. Tem que haver uma liderança única. A gente vê a descoordenação de maneira generalizada. Tá ruim, tá mal parado - disse Parente.