A agência de classificação de risco Moody’s revisou suas projeções para o desempenho da economia do Brasil e de outros países em 2020, diante do impacto da covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus ) e da resposta que os países estão adotando para combater os danos da pandemia.
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No caso do Brasil
, a agência avalia que a economia
irá contrair 1,6%. A projeção anterior dava conta de uma alta de 0,9% neste ano.
"As autoridades fiscais e monetárias estão aumentando cada vez mais o nível de apoio às suas economias para evitar danos permanentes às famílias e às empresas. Globalmente, as autoridades estão adotando importantes medidas políticas, como garantias de renda e tolerância regulatória, em um esforço para reduzir o risco de padrões simultâneos que enfraquecem a estabilidade financeira. Esperamos que as medidas políticas continuem a crescer e a se aprofundar, à medida que as consequências do choque em termos de profundidade e duração se tornarem mais claras. No entanto, os riscos negativos para o crescimento permanecem consideráveis", avaliou a Moody's , em relatório publicado nesta quarta-feira.
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Outros emergentes também devem ter contração econômica em 2020, de acordo com a agência. A China , epicentro do novo coronavírus, deve ter queda de 3,3%. Índia e México podem fecham 2020 com desempenho negativo de, respectivamente, 2,5% e 3,7%.
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No caso do G-20
(bloco que reúne as maiores economias do mundo), a Moody's
avalia que o Produto Interno Bruto
( PIB
) do bloco feche o ano com perda de 0,5% em 2020.
O banco britânico Barclays também revisou as projeções de crescimento do Brasil . O banco avalia que atritos entre os poderes executivo e legislativo podem atrasar ainda mais a agenda de reformas, colocando mais desafios para a recuperação da economia .
Diante deste cenário, o Barclays cortou a expectativa de crescimento do PIB brasileiro de 0,4% para uma queda de 0,5% em 2020.