A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a indústria hoteleira. Com restrições de viagens e temores de contaminação, hotéis em todo o mundo viram os cancelamentos dispararem e as reservas desaparecerem. Para sobreviver, o suíço cinco estrelas Le Bijou , em Zurique , lançou um serviço de quarentena de luxo .
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"No começo de março, as receitas caíram signifitivamente", contou Alexander Hübner, cofundador e diretor executivo do Le Bijou Hotel
& Resort
, ao Washington
Post
. "Nós dissemos: 'ok, precisamos reagir imediatamente'”.
Antes da crise, o Le Bijou servia a uma elite disposta a pagar diárias entre US$ 800 e US$ 2000. Segundo o site do hotel, já passaram por lá personalidades como a família real saudita, o cofundador da Apple, Steve Wozniak , e o Lobo de Wall Street , Jordan Belfort .
Para a segurança tanto dos hóspedes como da equipe do hotel, o check-in
é automatizado e não há o serviço de limpeza diário. Os apartamentos são esterilizados antes e após a hospedagem. O restaurante
continua servindo refeições nos quartos.
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Além da hospedagem, o Le Bijou
oferece uma série de serviços médicos, em parceria com a clínica Double Check
. Os hóspedes têm à disposição um menu de serviços, como o teste para coronavírus, por US$ 500; check-in
duas vezes por dia com enfermeiros
, por US$ 1.800; e acompanhamento 24h, por US$ 4.800.
Segundo Hübner , desde que o serviço foi lançado, há pouco mais de uma semana, a procura tem crescido dia após dia.
"No começo, nós tínhamos duas consultas por dia. Agora, subiram para quatro, cinco, seis por dia", contou o executivo.
Apesar da oferta de serviços médicos, Hübner não recomenda que pessoas diagnosticadas com o coronavírus se hospedem no hotel:
"Nós aconselhamos que eles fiquem onde estão, porque essa é a recomendação do governo", completou.