Bolsa se recupera nesta sexta-feira (13) após véspera catastrófica com dois circuit breakers
Divulgação/HC Investimentos
Bolsa se recupera nesta sexta-feira (13) após véspera catastrófica com dois circuit breakers

Um dia após a maior queda em 22 anos, o Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, segue o mercado externo e está em alta. O índice chegou a subir 15% nesta manhã, mas perdeu fôlego e às 12h40 subia 3,18%, aos 74.892 pontos. O dólar comercial, que ontem bateu a marca inédita de R$ 5, está em queda e é negociado a R$ 4,764, baixa de 0,55%.

Leia também: Governo anuncia medidas para enfrentar crise econômica causada pelo coronavírus

As bolsas norte-americanas também abriram em forte alta. O S&P500 sobe 5,84%, o Dow Jones avança 5,995 e o Nasdaq tem ganho de 6,01%. Na Europa, elas operam em forte alta, após tombos históricos da véspera.

Ontem, o dólar terminou a sessão no Brasil a R$ 4,78, novo recorde, e o Ibovespa perdeu 14,78%.

As principais ações do Ibovespa, que ontem registraram perdas de dois dígitos, têm um dia de recuperação. Os papéis ordinários (com direito a voto) da Petrobras sobem 7,51%, a R$ 13,89. As ações preferenciais da companhia (sem direito a voto) avançam 7,94% a R$ 13,62. Pela manhã, ambas chegaram a subir 20%. O petróleo tem um dia de recuperação. O preço do barril do Brent sobe 4,6% a U$ 34,61.

As ações ON da Vale ganham 6,96% a R$ 37,81. Os papéis PN do Itaú sobem 2,75% a R$ 24,25, enquanto os PN do Bradesco têm ganho de 5,36% a R$ 22,82.

Papeis de companhias aéreas, que ontem registraram perdas de até 30%, hoje também têm um dia de recuperação. As ações PN da Gol avançam 7,12%, a R$ 10,68, enquanto as PN da Azul têm ganho de 9,36%, a R$ 22,25.

BCs anunciam medidas de estímulo no mundo

O mercado reage positivamente a uma série de estímulos econômicos anunciados por bancos centrais de vários países, além da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de injetar US$ 1,5 trilhão na economia.

A União Europeia  apresentou um pacote disponibilizando 37 bilhões de euros para combater os efeitos econômicos da pandemia na região.

O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta sexta. Além dos recursos, uma das principais medidas é o afrouxamento das regras fiscais do bloco permitindo gastos extraordinários em saúde e ajuda para empresas e trabalhadores.

Você viu?

O Banco do Japão (BoJ, o BC japonês) informou que vai recomprar títulos soberanos de cinco e dez anos gastando quase US$ 2 bilhões, e vai injetar quase US$14 bilhões na economia através de empréstimos.

O Banco Central da China reduziu o compulsório dos bancos, o que deve liberar US$ 79 bilhões na economia.

O banco central da Noruega cortou o juro e iniciou um programa de concessão de empréstimos baratos aos bancos. O BC da Suécia também anunciou medidas de estímulo econômico.

A Alemanha anunciou um programa de crédito para empresas, para garantir a manutenção de empregos e evitar problemas de liquidez.

No cenário doméstico, o governo vai antecipar para abril o pagamento de R$ 23 bilhões referentes à primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS. Normalmente, é depositado em agosto. Com isso, o governo espera liberar dinheiro para o consumo.

Mas o  mercado ainda monitora as relações entre Executivo e Legislativo. Uma medida provisória que deve ser assinada pelo presidente vai liberar R$ 5 bilhões para a área saúde. 

BC brasileiro faz novo leilão de dólares

Depois de realizar quatro leilões no mercado à vista ontem usando as reservas internacionais, O Banco Central faz nesta manhã um leilão de linha de até US$ 2 bilhões (com compromisso de recompra).

No mercado acionário, o dia de ontem foi de pânico global, com os possíveis impactos do coronavírus na economia mundial. Houve paralisação das negociações na Bolsa brasileira duas vezes, e o Ibovespa, principal índice da Bolsa no Brasil registrou perda de 14,78% aos 72.582 pontos, menor patamar desde 28 de junho de 2018, quando o índice fechou aos 71.766 pontos.

Leia também: Guedes diz que Brasil sofrerá 'impacto' do coronavírus, mas crise é passageira

Foi o pior desempenho do Ibovespa em termos percentuais desde 10 de setembro de 1998, quando o índice caiu 15,83% em meio à crise da moratória da Rússia.

    Leia tudo sobre: bovespa

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!