As contas públicas brasileiras encerraram janeiro com superávit de R$ 44,1 bilhões, informou nesta quinta-feira (27) o Tesouro Nacional. Os dados são referentes ao chamado governo central, que não inclui estados e municípios. O resultado positivo é o maior da série histórica, iniciada em 1997.
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Tradicionalmente, as contas do governo central, que englobam Tesouro, Banco Central e Previdência Social, fecham no azul em janeiro. No ano passado, o superávit foi de R$ 30,03 bilhões.
Essa é a primeira divulgação do quadro fiscal do país em 2020. Em janeiro, o Tesouro informou que o governo fechou 2019 com um rombo de R$ 95 bilhões. O resultado veio pior que o previsto pela equipe econômica. Mesmo assim, foi o melhor em cinco anos e ficou dentro da meta estabelecida para o ano passado, que era de déficit R$ 139 bilhões. Para este ano, o limite é de R$ 124,1 bilhões.
No ano passado, o comportamento das contas públicas foi influenciado principalmente pelo dinheiro arrecadado com o megaleilão de petróleo na chamada área do excedente da cessão onerosa, que arrecadou cerca de R$ 70 bilhões em novembro.
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Para este ano, não há previsão de um volume tão grande de receitas extraordinárias. Para equilibrar as contas, o governo conta com a aprovação da chamada proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial, que autoriza cortes de salários e carga horária de servidores públicos. O impacto da aprovação da medida chegou a ser incluído no Orçamento aprovado no ano passado.