Na quarta-feira, com o avanço do coronavírus, a bolsa brasileira despencou 7%, e o dólar fechou a R$ 4,44
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Na quarta-feira, com o avanço do coronavírus, a bolsa brasileira despencou 7%, e o dólar fechou a R$ 4,44

A agitação do mercado desencadeada pelo avanço da epidemia do coronavírus se espalhou pelo quarto dia consecutivo, com as ações europeias registrando fortes quedas nas negociações da manhã.

As bolsas de Tóquio e de Seul também registraram baixas significativas, enquanto que, na China, os índices acionários tiveram leve alta, uma vez que o governo informou menor número de mortes provocadas pelo coronavírus e sinalizou mais suporte para a economia doméstica, embora as preocupações sobre o vírus tenham limitado os ganhos.

Na quarta-feira, com o avanço do coronavírus, a bolsa brasileira despencou 7%, e o dólar fechou a R$ 4,44, novo recorde. Queda do Ibovespa foi a maior desde maio de 2017. Além de derrubar bolsa e elevar dólar, coronavírus pode fazer PIB do Brasil crescer menos de 2% em 2020.

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O índice Stoxx 600 de ações européias caiu 1,8%, com quedas semelhantes no FTSE 100 (-1,64%) e no Dax alemão (-2,04%). Em Paris, o índice CAC-40 apresentava queda de 2,16%, enquanto que o Ibex 35, da Bolsa de Madri, caia 1,78%.

Os mercados europeus registraram a pior semana desde a crise da dívida soberana da zona do euro, em 2011. Desde o pico de janeiro, o índice FTSE All World perdeu em torno de US$ 5 bilhões em valor de mercado. Já os títulos do Tesouro dos Estados Unidos atingiram mínimos recordes nesta quinta-feira.

No mercado asiático, o rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA, que geralmente caem ao inverso dos preços, foram negociados abaixo de 1,3%, depois que as autoridades de saúde confirmaram o primeiro provável caso de transmissão comunitária do coronavírus na Califórnia, alimentando preocupações com a propagação da epidemia. Os contratos futuros apontaram um declínio de 0,5% no índice S&P 500 de referência nos EUA.

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Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,29%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,11%. Nesta quinta-feira, o banco central da China afirmou nesta quinta-feira que irá garantir ampla liquidez através de cortes de compulsório direcionados a bancos em um momento apropriado, e manterá a política monetária prudente e flexível para sustentar a economia. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com alta de 0,31%.

Já a Bolsa de Tóquio fechou em queda, com o índice Nikkei recuou 2,13%, a 21.948 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul teve desvalorização de 1,05%. Em Taiwan, o índice Taiex registrou baixa de 1,24%, e o índice Straits Times, da Bolsa de Cingapura, fechou com queda de 0,19%.

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 Malásia: estímulo de US$ 4,7 bi

O primeiro-ministro interino da Malásia, Mahathir Mohamad, divulgou nesta quinta-feira um estímulo de US$ 4,7 bilhões para combater o impacto da epidemia do coronavírus na economia, mas reduziu a previsão de crescimento do país e elevou sua estimativa de déficit fiscal.

O estímulo inclui incentivos fiscais e reescalonamento de empréstimos para empresas afetadas pela epidemia de coronavírus e auxílio em dinheiro para algumas, disse o premier. Empresas e órgãos públicos vinculados ao Estado também acelerarão os projetos de investimento.

Mohamad, nomeado primeiro-ministro interino após o colapso de sua coalizão governamental nesta semana, projetou uma faixa de crescimento de 3,2% a 4,2% para este ano. O governo havia anteriormente estimado um crescimento de 4,8%.

- Acredito que o pacote de estímulo econômico permitirá à economia da Malásia alcançar o ponto mais alto da faixa - disse o premier, em entrevista coletiva. - Ao formular o pacote de estímulos, o governo exerceu prudência em relação à sua posição fiscal - afirmou Mohamad, acrescentando que, agora, o déficit fiscal deve subir para 3,4% em relação à meta original de 3,2% do PIB.

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