Apesar do resultado negativo mensal, no acumulado do ano, o setor cresceu 1,8%, fechando o terceiro ano consecutivo de crescimento.
Agência Brasil
Apesar do resultado negativo mensal, no acumulado do ano, o setor cresceu 1,8%, fechando o terceiro ano consecutivo de crescimento.

O varejo brasileiro desacelerou 0,1% em dezembro , na comparação com novembro de 2019. O resultado negativo interrompeu a sequência de sete meses de alta do indicador. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quarta-feira (12) pelo IBGE.

Apesar do resultado negativo mensal, no acumulado do ano, o setor cresceu 1,8%, fechando o terceiro ano consecutivo de crescimento.

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Apesar da elevação, os dados indicam que o comércio apresentou uma aceleração menor do que nos anos de 2017 e 2018, quando cresceu 2,1% e 2,3%, respectivamente. Já o resultado de dezembro surpreendeu negativamente as expectativas dos analistas, que projetavam alta de 0,2% no mês, segundo o Valor Data.

— O comércio ainda não se recuperou totalmente da crise de 2015 e 2016, mas está em seu momento mais elevado desde outubro de 2014 — explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.

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Em 2019, sete das oito atividades analisadas tiveram resultados positivos. A maior alta foi registrada na comercialização de artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria, de 6,8%. Já a venda de livros, jornais, revistas e papelaria despencaram 20,7%.

A comercialização nos supermercados, considerado por economistas como um termômetro de atividade, avançou 0,4% no ano.

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Segundo o IBGE, os três anos consecutivos de alta do indicador ainda não foram suficientes para amenizar a perda registrada em 2015 e 2016, durante a recessão econômica.

Ou seja, o crescimento acumulado de 6,1% nos últimos três anos não recuperou a queda de 10,3% em 2015 e 2016.

Com isso, o varejo nacional ainda está 3,7% abaixo do maior ponto de atividade econômica do setor, no período pré-crise, registrado em outubro de 2014. Trata-se de um patamar equivalente a abril de 2015, quando ainda estava no início a trajetória de queda das vendas

De acordo com Isabella, o maior dinamismo no segundo semestre de 2019 (3,3%) do que no primeiro (0,6%), foi influenciado pela liberação de mais de R$ 40 bilhões dos saques do FGTS e da melhoria da concessão do crédito à pessoa física, com a redução dos juros.

Varejo ampliado

Na análise do varejo ampliado, que considera as vendas de veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 3,9% no ano. O resultado positivo foi influenciado pelo aumento na vendas de veículos e peças (10%) e de materiais de construção (4,3%).

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