Governo federal e Congresso abriram discussão em torno da taxação de multimilionários, por meio de cobrança de imposto de fundos destinados ao investimento de super-ricos brasileiros, os chamados fundos fechados, passando a cobrar por aplicações financeiras, o que não acontece hoje, exceto quando o dinheiro é resgatado por esses multimilionários.
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Nesta terça-feira (11), técnicos da Casa Civil, ministério chefiado por Onyx Lorenzoni, e do Ministério da Economia, de Paulo Guedes, se reuniram com os deputados Marcelo Ramos (PL-AP) e Camilo Capiberibe (PSB-AP) e com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no Palácio do Planalto para discutir o tema pela primeira vez no governo Bolsonaro .
A proposta propõe arrecadar R$ 10,7 bilhões com a taxação de multimilionários , o que financiaria o pagamento do 13º salário do Bolsa Família e do BPC (Benefício de Prestação Continuada). O governo resiste ao salário extra, pago a beneficiários do programa social neste ano, mas não se opõe à possibilidade de taxar os investimentos de super-ricos.
Hoje, pessoas de renda abaixo dos multimilionários que investem em fundos abertos de investimento têm que pagar semestralmente 15% em impostos. Cobrando taxa semelhante dos mais ricos seria possível aumentar a arrecadação do governo federal. Para os parlamentares, o destino desse dinheiro poderia ser a ampliação de benefícios para pessoas de baixa renda, no caso o pagamento do 13º do Bolsa Família e do BPC.
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O governo, porém, dá indícios de que prefere discutir o tema mais afundo durante a tramitação da reforma tributária , uma das prioridades da agenda econômica para este ano. Porém, a proposta, que envolve diversos interesses, ainda não foi enviada ao Congresso pelo governo.