Em um dia marcado por forte volatilidade no mercado financeiro,
o dólar subiu e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. O dólar comercial
encerrou a quinta
-feira (6) vendido a R$ 4,286, com alta de R$ 0,047 (1,11%).
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A divisa chegou a abrir em baixa. Na mínima do dia, por volta das 9h, caiu abaixo de R$ 4,22.
O câmbio, no entanto, reverteu o movimento e passou a subir no início da tarde, até encerrar na máxima do dia. O dólar acumula alta de 6,8% em 2020. O euro comercial também subiu e fechou o dia em R$ 4,703, alta de 0,93%.
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Nem a intervenção do Banco Central (BC) segurou a cotação. Hoje
, a autoridade monetária leiloou US$ 650 milhões para rolar (renovar) contratos de swap
cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – com vencimento em abril.
A turbulência repetiu-se no mercado de ações.
Você viu?
Depois de três dias seguidos de alta, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia com queda de 0,72%, aos 115.190 pontos.
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A sessão foi marcada pelo receio de que o n ovo vírus descoberto na China
traga impactos para a segunda
maior economia do planeta.
O confinamento dos habitantes de diversas cidades afetadas pela doença reduz a produção e o consumo da China.
O anúncio de que o governo chinês reduzirá tarifas de US$ 75 bilhões sobre produtos norte-americanos, aliviando a guerra comercial, não acalmou os mercados.
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A expectativa de desaceleração da economia chinesa impacta diretamente países como o Brasil, que exporta diversos produtos, principalmente
commodities
(bens primários com cotação internacional) para o país asiático. Com menos exportações, menos dólares entram no país, pressionando a cotação.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história, também interferiu nas negociações. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.