O presidente Jair Bolsonaro
classificou como errado um aditivo feito durante seu governo em uma auditoria
milionária do BNDES
. O exame, que teve início no governo Temer
, passou por alguns acréscimos, totalizando R$48 milhões.
"Informações que eu tenho até o momento: essa auditoria começou no governo Temer, e tiveram dois aditivos. O último aditivo, parece, não tenho certeza, seria na ordem de 2 milhões de reais. Chegou a 48 (milhões) no final. Está errado, está errado", disse Bolsonaro , ao chegar no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (28). O aditivo de R$2 milhões mencionado pelo presidente custou, na verdade, US$3,1 milhões, o quivalente a mais de R$13 milhões.
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A auditoria tinha como objetivo investigar operações do BNDES com o grupo J&F , controlador da JBS . Ao fim de quase dois anos de investigação, no entanto, não foram encontradas evidências de irregularidade.
Segundo ata do Conselho de Administração do BNDES , quando o contrato foi acertado, em 2018, no governo de Michel Temer , o valor era de US$6 milhões. Em novembro de 2018, o valor do contrato foi reajustado, totalizando US$7,3 milhões.
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Em julho de 2019, já na gestão do atual presidente do BNDES , Gustavo Montezano , um novo aumento foi aprovado pelo conselho, com um aditivo de US$3.182.371. No fim, a investigação, sozinha, custou R$48 milhões , equivalente a cerca de US$11 milhões.
Segundo Bolsonaro , há o indiciativo de que alguém quis "raspar o tacho". "Parece, parece, que alguém quis raspar o tacho. Parece. O presidente do BNDES é um jovem bem intencionado. Ele que passou as informações. A ordem é não passar a mão na cabeça de ninguém. Expõe logo o negócio e resolve", afirmou o presidente.