O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (15) que, atendendo a pedido do Ministério da Economia, suspendeu o subsídio a contas de energia de templos religiosos no País.
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Segundo Bolsonaro, o governo federal não avalia mais dar incentivos fiscais para as contas de luz das igrejas brasileiras. O anúncio foi feito após reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. "A política da economia é não ter mais subsídios, está suspensa qualquer iniciativa nesse sentido", afirmou.
Bolsonaro disse que o impacto da medida [dar subsídio a contas de luz das igrejas ] seria mínimo, mas ele atendeu a pedido do Ministério da Economia e suspendeu o incentivo fiscal.
A ideia de subsidiar as contas de luz foi divulgada na última sexta-feira (10) pelo jornal O Estado de S. Paulo e esteve em estudo pelo ministério chefiado por Paulo Guedes .
Bento Albuquerque, que fez parte da reunião com Bolsonaro nesta quarta, já havia tratado o assunto em entrevista recente à Reuters e defendido o subsídio, vetado pelo ministério da Economia.
O ministro disse à agência de notícias que a medida teria impacto "insignificante para o contribuinte", que teria que pagar ao todo R$ 30 milhões ao ano, já que a proposta em estudo previa que apenas grandes templos teriam direito ao subsídio. Religiões sem grandes igrejas não teriam benefício algum, e, na prática, o incentivo fiscal beneficiaria apenas igrejas evangélicas e católicas.
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Segundo Albuquerque, "O pleito é de todos os templos, de todos os segmentos religiosos... 92% da população brasileira, de acordo com as pesquisas, o último censo, tem alguma prática religiosa. E o governo é sensível a isso, que vai atender à maioria total da população", disse à Reuters .