Cervejaria Backer contesta laudo da Polícia Civil
Reprodução/Globonews
Cervejaria Backer contesta laudo da Polícia Civil

Após um laudo preliminar da Polícia Civil apontar a contaminação de duas amostras da cerveja Belorizontina , da cervejaria Backer , com a substância tóxica dietilenoglicol , a diretoria da empresa contestou o resultado da perícia criminal. A Backer sustenta que a dietilenoglicol não é usada no seu processo de produção e, de acordo com informações do jornal "O Estado de Minas", vai enviar amostras da cerveja para análise laboratorial.

A empresa já havia emitido nota negando que utiliza a dietilenoglicol na fabricação da Belorizontina. Fontes ligadas à indústria cervejeira ouvidas pelo GLOBO sob condição de anonimato afirmam, no entanto, que a substância pode ser usada como um líquido refrigerante no trocador de calor, aparelho que resfria a cerveja antes do processo da fermentação, e no tanque de maturação.

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No laudo enviado para a secretaria de Saúde de Belo Horizonte e do estado de Minais Gerais, um perito da Polícia Civil informa que “nas duas amostras de cerveja encaminhadas pela vigilância sanitária do município de Belo Horizonte (cerveja pilsen marca Belorizontina lotes L1 1348 e L2 1348) foi identificada a presença da substância dietilenoglicol em exames preliminaresl”. Ainda segundo a perícia da Polícia Civil, a substância tóxica é "compatível com os quadros clínicos desenvolvidos por oito pessoas". A corporação deve, por lei, apresentar um laudo definitivo em até 30 dias.

Até o momento, a contaminação matou uma pessoa e causou a internação de pelo menos outras sete . As vítimas têm idades entre 23 e 76 anos e apresentaram os mesmos sintomas — desconforto gastrointestinal (náusea, vômito e dor abdominal), insuficiência renal aguda de evolução rápida (em até 72 horas) e alterações neurológicas como paralisia facial, vista borrada, cegueira total ou parcial.

Segundo a Polícia Civil mineira, ainda não é possível determinar a responsabilidade da cervejaria. O Procon orienta consumidores a verificarem os lotes de cervejas adquiridas. A orientação é não consumir a cerveja Belorizontina dos lotes L1 1348 e L2 1348, pois há grande risco de contaminação. Os lotes possuem 66 mil garrafas.

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