O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (26) que vê "prós e contras" no fato de o dólar ter atingido R$ 4,213, valor recorde, mas que, ao mesmo tempo, torce para uma queda na cotação.
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Após o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que não está preocupado com a moeda americana, Bolsonaro endossou e disse que: "Se ele falou, está falado".
"Vi e ouvi. Se ele falou, está falado. Espero que caia [o dólar ], torço, assim como torço que caia a taxa Selic. Torço que aumente nossa credibilidade junto ao mundo. Agora, a economia, como eu disse, eu sou o técnico de futebol, quem entra em campo são os 22 ministros. O Paulo Guedes está jogando na Economia. Se você for analisar na ponta da linha, tem vantagens pró e contra no dólar a R$ 4,21, como está agora", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
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O dólar comercial registrou alta de 0,5% na segunda-feira. Até então, o maior patamar da história era o registrado na semana passada, quando a divisa encerrou cotada a R$ 4,206 para venda. Pressionou o câmbio sobretudo o resultado pior que o esperado dos dados sobre transações correntes, que ofuscaram o relativo otimismo em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
Na noite de segunda-feira, depois de evento no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, Paulo Guedes afirmou que o Brasil tem uma moeda que caminha para a conversibilidade, cuja cotação "às vezes varia, às vezes sobe um pouco, às vezes cai um pouco, não tem problema nenhum.”
"Eu não estou preocupado com a alta do dólar ", disse Guedes. "Pelo contrário. Achei absolutamente compreensível. O juro baixou, está em 5%. Quando tem política fiscal mais forte e juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio é mais alto. O Brasil é agora um país interessante, com juro bastante baixo. Os investimentos vão começar e vai retomar o crescimento", completou.
Nesta terça-feira, após o recorde de fechamento da véspera, a moeda volta a disparar, operando acima de R$ 4,25 .
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Compare o valor do real com outras moedas desde a sua criação, em 1994