Marcelo Camargo/Agência Brasil
"Há resistência muito grande" no Senado, diz Alcolumbre sobre privatização da Eletrobras

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse, nesta quarta-feira (6), que a resistência na Casa à privatização da Eletrobras é "muito grande" e que, se permanecer, não há "nem como pautar" a proposta que estabelece as regras para o processo.

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"Falei para vários interlocutores do governo que, no Senado, as bancadas do Norte e do Nordeste e outros parlamentares tinham se manifestado (contra) em relação à capitalização e privatização da Eletrobras , mas o governo assim mesmo encaminhou a matéria para a Câmara. O que posso falar é que o Senado continua com as mesmas ponderações. Há uma resistência muito grande no Senado em relação a esse assunto", ressaltou Alcolumbre.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou o projeto de lei nesta terça-feira (5). Ao entregá-lo para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse esperar que o Congresso dê o aval para a venda do controle da estatal até o segundo semestre de 2020. A expectativa do governo é arrecadar R$ 16,2 bilhões com a privatização , recurso já previsto no Orçamento do ano que vem.

"A matéria está na Câmara. Vamos aguardar para ver qual o desenrolar lá, mas no Senado a resistência é muito grande, de muitos parlamentares. Na reunião que tive e informei ao governo, com as bancadas do Norte e do Nordeste e outros parlamentares, havia 50 senadores. A manifestação de vários senadores dos 50 foi no sentido de serem contrários", detalhou o presidente da Casa.

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Questionado se pode deixar de pautar a proposta, caso aprovada na Câmara, ele confirmou: "Se tiver 50 senadores contra, não tem nem como pautar, porque já estará derrotada".

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