O governo federal deve desbloquear todos os recursos que hoje ainda estão contingenciados no Orçamento, após o resultado do megaleilão de áreas do pré-sal, do excedente da chamada cessão onerosa, que arrecadou pouco mais de R$ 69,9 bilhões. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (6) pelo secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior.
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Segundo o secretário, há ainda cerca de R$ 22 bilhões bloqueados no Orçamento deste ano. O desbloqueio será possível mesmo com a arrecadação do leilão tendo ficado R$ 36,6 bilhões abaixo do previsto. A União ficará com R$ 23,6 bilhões, no total.
"O saldo líquido para a União é de R$ 23 bilhões, que permitirá uma recomposição do Orçamento. A máquina pública seguirá firme com suas ações neste ano", afirmou Waldery .
Como não houve ágio no leilão, os lances pelos dois blocos arrematados pela Petrobras (um deles em associação com duas petroleiras chinesas) deverão ser pagos neste ano, até o dia 27 de dezembro.
"O leilão foi um sucesso. Sob qualquer perspectiva, temos números impactantes para a economia", garantiu o secretário.
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O Orçamento deste ano prevê um rombo de R$ 139 bilhões. Esse valor será reduzido para menos de R$ 100 bilhões com os leilões de petróleo, a melhora na arrecadação, e pelo chamado empossamento — recursos liberados, mas que não são usados pelos ministérios.