Vários pacotes de arroz foram apreendidos, no Rio Grande do Sul na última quinta-feira (10) pelo Núcleo Segurança Alimentar, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).
O alimento estava impróprio para consumo e foram encontrados nas embalagens fezes de rato, larvas de traças e carunchos . As informações são da TV Record.
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A ação do Gaeco cumpriou sete mandados de busca e apreensão
em empresas e residências nas cidades de Cerro Branco, Novo Cabrais, Cachoeira do Sul, Candelária, Ibiraiaras, no Rio Grande do Sul e no município de Sombrio, em Santa Catarina. Também foram cumpridos mandados de apreensão de três caminhões.
Um grupo de criminosos comprava o arroz sem condições de consumo de produtores rurais gaúchos. Depois utlizavam embalagens desviadas de marcas lícitas do produto para empacotar o arroz estragado.
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Segundo dados da operação, o destino dos pacotes fraudados eram os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A organização criminosa está sendo investigada pela prática dos crimes de sonegação fiscal
, adulteração de produto alimentício e contra as relações de consumo.
Coordenador da operação, Alcindo Luz Bastos afirmou à TV Record, que 11 pessoas são suspeitas de participar do esquema
de compra de arroz (grãos inteiros e resíduos de arroz) em condições fora da legislação vigente.
Segundo as autoridades, as empresas beneficiadoras gaúchas atuavam no mercado de forma irregular e, em inúmeras vezes, a venda se dava sem nota fiscal . O produto enviado para outros estados era utilizado em cestas básicas .
As contas bancárias
de todos os investigados e das empresas que teriam participação no esquema foram bloqueadas pela Justiça.
O esquema
Um empresário gaúcho , de Cachoeira do Sul, é considerado o principal responsável pelo esquma criminoso. Ele seria, segundo o MP, o responsável por comprar o alimento vencido, fazer o transporte e distribuir o produto no Rio de Janeiro e São Paulo.
O Ministério Público informa que o suspeito tem condenações, tanto na Justiça Estadual como na Federal, por manter outras pessoas como 'laranjas'de empresas em que ele era sócio de verdade.
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As marcas que tiveram suas embalagens
utilizadas pelo grupo de fraudadores foram informadas da situação pelo Ministério Público e estão sendo indicadas pelo órgão de fiscalização como vítimas também do esquema.