O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), criticou a postura do governo em relação aos debates para a construção de uma proposta de reforma tributária .
Segundo Alcolumbre, a equipe econômica , chefiada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes , deveria participar mais das discussões, para contribuir com a formação de um texto consensual.
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"Acho que o governo precisava atuar de forma mais presente
em relação a esse tema. Os debates na Câmara estão avançando, assim como no Senado, e a gente não vê o governo apresentando, de fato, uma sugestão que possa incorporar, aprimorar, melhorar, enfim, contribuir com o que está tramitando (no Congresso)", disse o parlamentar.
Ele voltou a defender a formação de uma comissão tripartite - integrada por Senado, Câmara e Executivo - para que seja elaborada uma única proposta. Alcolumbre enfatizou que essa comissão daria mais celeridade à tramitação da reforma tributária.
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"Essa é uma matéria que o Brasil aguarda e, no fim, teremos que colher os frutos: melhorar e simplificar a vida das pessoas e garantir tranquilidade para os empreendedores investirem no país. A reforma tributária
tem que ser construída com a participação do governo", declarou.
"Alguém imagina que a reforma pode ser votada com a ausência do governo?", perguntou o senador.
A ideia de uma comissão mista é defendida por Alcolumbre há algum tempo. Ele disse ter conversado sobre o assunto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ). Ele assegurou que ambos concordam com esse caminho.
Alcolumbre disse, ainda, que vai se reunir nos próximos dias com os relatores das propostas de reforma tributária que tramitam no Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA); e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O objetivo é tratar da unificação de um texto
.
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"Quem tem três reformas na mão, não tem nenhuma. O que a gente quer é a desburocratização
da vida das pessoas. Ou essas alternativas convergem para um texto que possa ser palatável e que possa ser aprovado e o resultado dele seja fruto desse trabalho, ou a gente faz a matéria sem a participação efetiva do Ministério da Economia", disse Alcolumbre.
"Ausência de sugestões, de manifestações e colaborações é o que acaba criando esse conflito
de informações", argumentou.