Bolsonaro disse que conversou com presidente da Petrobras e assegurou que combustível não ficará mais caro
Isac Nóbrega/PR
Bolsonaro disse que conversou com presidente da Petrobras e assegurou que combustível não ficará mais caro

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou na noite desta segunda-feira (16), em entrevista à RecordTV , que conversou com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e assegurou que a estatal não subirá o preço dos combustíveis nos próximos dias, mesmo em meio a uma grave crise global do petróleo.

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Segundo Bolsonaro , o natural seria seguir a oscilação do preço internacional dos combustíveis, que no primeiro momento geraria um aumento que “viria para a refinaria, para a bomba no final das contas”, segundo o presidente, mas a estatal adotará política de manutenção de preço. Castello Branco garantiu ao capitão reformado que, "como é algo atípico e tem um fim para acabar" (a crise do petróleo), não haverá elevação de preço no Brasil.

O petróleo virou o centro do noticiário econômico mundial após atingir, nesta segunda, a maior alta desde a Guerra do Golfo (superior a 20%), após ataques com drones à central de produção petrolífera na Arábia Saudita. A ofensiva reduziu pela metade a produção do maior exportador mundial de petróleo.

Segundo entrevista de Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), ao jornal O GLOBO , com a  commodity chegando ao patamar de US$ 70, a gasolina e o diesel poderiam ter um aumento entre 8% e 10% em seus preços no Brasil, porque, além da cotação internacional do petróleo, o preço dos combustíveis ainda é influenciado pelo câmbio. O dólar também  opera em alta após os ataques, superando R$ 4,10.

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Em abril, Bolsonaro interviu e pediu que Petrobras não subisse combustível

Em abril deste ano, no quarto mês de governo, Bolsonaro reagiu a um reajuste do preço da gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobras e ligou para o presidente da estatal questionando o porquê do aumento, à época de 5,74%, e a reação foi a suspensão do aumento.

Encarada como intervenção no preço, a medida chegou a ser questionada até mesmo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes , que conversou com o presidente após a decisão de ligar para Castello Branco sem consultá-lo.

Na ocasião, Bolsonaro se defendeu e aproveitou para cutucar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando que "Não sou economista, já falei que não entendia de economia", completando que "quem entendia [de economia] afundou o Brasil".

O vice-presidente, General Hamilton Mourão (PRTB), minimizou a intervenção de Bolsonaro e disse que tem "absoluta certeza de que ele não vai praticar a mesma política da ex-presidente Dilma Rousseff no tocante à intervenção do preço do combustível e da energia", e avaliou que "toda decisão tem fatores positivos e negativos".

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Após a Petrobras cancelar o reajuste após contato de Bolsonaro com o presidente da estatal, foi promovido ainda um encontro entre os dois para o esclarecimento da política de reajuste de preços adotada pela petroleira no Brasil.

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