O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (11) que Marcos Cintra foi demitido da Receita Federal foi tentar recriar um imposto nos moldes da antiga CPMF . Em uma rede social, Bolsonaro escreveu que a demissão ocorreu por "divergências no projeto da reforma tributária".
Marcos Cintra promoveu técnico que vai substituí-lo há menos de um mês
O presidente também ressaltou que a recriação da CPMF ou um aumento da carga tributária estão, por determinação sua, descartadas
do projeto de reforma tributária que está sendo elaborado pelo governo.
Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes , demitiu Cintra "a pedido", mas sem deixar claro se o pedido foi seu ou do próprio Cintra. Uma nota divulgada pelo Ministério da Economia antes da publicação de Bolsonaro diz que o pedido de exoneração partiu do secretário.
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O presidente ainda escreveu que a proposta
de emenda constitucional (PEC) do governo "só deveria ter sido divulgada após o aval do Presidente da República e do Ministro da Economia". Na terça-feira, o adjunto de Cintra, Marcelo de Sousa Silva, divulgou detalhes do projeto da reforma em um seminário.
Segundo a nota do Ministério da Economia, o secretário será substituído interinamente por José de Assis Ferraz Neto. Marcelo Silva, considerado o pivô da crise , ficará no cargo, no entanto.
Além da defesa da “nova CPMF”, segundo interlocutores também pesou contra Cintra o clima tenso com os técnicos da Receita .
Em agosto, ele demitiu o subsecretário-geral do órgão, João Paulo Fachada, após pressões por uma troca de comando no primeiro escalão do Fisco , manifestadas por autoridades dos Três Poderes insatisfeitas com os procedimentos de fiscalização de auditores.