Na segunda semana de rodada de negociações, o setor industrial apresentou nesta terça-feira (6) uma contraproposta ao Ministério da Infraestrutura para dar sequência às conversas sobre o piso mínimo de frete com os caminhoneiros autônomos.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as entidades propõem que a tabela de frete seja apenas um documento de referência para as contratações e não uma determinação. Elas também disseram que se comprometem a estimular contratações diretas entre embarcadores e caminhoneiros.
Líder de caminhoneiros cobra reajuste de 30% a 35% na tabela de frete
O documento, assinado por 32 entidades
, entre confederações, federações estaduais da indústria, associações setoriais e sindicatos, deverá ser objeto de debate em nova rodada de negociações.
Na semana passada, os caminhoneiros apresentaram ao ministério as demandas sobre a proposta de piso mínimo de frete. Segundo a CNI, a proposta foi encaminhada às entidades na última sexta-feira (2).
"Na segunda-feira (5), a CNI fez nova consulta à sua base sobre a sugestão apresentada pelo governo e apresentou a contraproposta que será analisada pelo governo e pelos caminhoneiros. As entidades acreditam que o melhor cenário é um entendimento direto entre produtores e transportadores por meio de mecanismos de mercado", diz a CNI.
Setor produtivo defende tabela do frete como início de negociação
Para as entidades do setor industrial, o tabelamento prejudicou
todos os segmentos envolvidos no transporte rodoviário de cargas, incluindo os caminhoneiros autônomos.
Na semana passada, o Ministério da Infraestrutura já havia informado sobre a continuidade, nessa semana, das negociações entre caminhoneiros, embarcadores e transportadoras. O anúncio foi feito, após o ministro Tarcísio de Freitas se reunir com os caminhoneiros.
Na ocasião, o ministro disse que a proposta do segmento envolve ajustes na tabela de frete mínimo a cada seis meses e a realização de acordos coletivos entre os segmentos anualmente.