Queda no nível de confiança do consumidor é a segunda consecutiva e aproxima o índice da média histórica de 46,1 pontos
Isac Nóbrega/PR
Queda no nível de confiança do consumidor é a segunda consecutiva e aproxima o índice da média histórica de 46,1 pontos

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 1,4 ponto em junho frente a abril e chegou a 47 pontos, o menor nível desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Os números foram divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que realizou uma pesquisa em parceria com o Ibope com 2 mil entrevistados em todo o País.

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A queda no nível de confiança do consumidor é a segunda consecutiva e aproxima o índice da média histórica de 46,1 pontos. Em abril, primeira divulgação do INEC durante o novo governo, o indicador estava em 48,4 pontos; em dezembro do ano passado, 114,3 pontos.

O índice varia de zero a cem pontos. Quando está abaixo de 50 pontos, isso significa que os consumidores não estão confiantes com a economia brasileira.

Recortes

Todos os índices que compõem o INEC pioraram entre abril e junho de 2019. O índice de endividamento, por exemplo, cresceu de 49 para 51 pontos. Quanto à evolução do desemprego, o nível subiu de 54,7 pontos para 56,4 pontos, o que mostra que os entrevistados estão mais pessimistas com relação ao tema. 

O indicador também recuou para todas as faixas etárias consideradas. A maior queda (-2,7 pontos) foi registrada entre os adultos de 35 a 44 anos. Frente a junho de 2018, porém, todos os índices apresentaram melhora, uma vez que a confiança naquele mês foi diretamente impactada pela greve de caminhoneiros ocorrida em maio.

A maior queda do INEC foi registrada entre a população mais pobre, com renda de até um salário mínimo (R$ 998). O índice deste grupo também está abaixo de sua média histórica. Somente a faixa de renda mais alta, acima de cinco salários mínimos, ainda mostra confiança (índice acima de 50 pontos).

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No recorte por região, a queda da confiança do consumidor foi mais acentuada no Norte e no Centro-Oeste, de 50,8 para 47,7 pontos. Com uma nova redução, a região Nordeste se distanciou ainda mais de sua média histórica (48 pontos) em junho, chegando a um INEC de 45,3 pontos.

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