Para 2020, a expectativa é de que o crescimento da economia seja maior, de 2,20%, o mesmo previsto na semana passada
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Para 2020, a expectativa é de que o crescimento da economia seja maior, de 2,20%, o mesmo previsto na semana passada

As expectativas do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano continuam em queda. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com instituições financeiras, a projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) foi reduzida de 0,87% para 0,85%. Esta foi a 18ª revisão para baixo consecutiva.

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Para 2020, a expectativa é de que o crescimento da economia seja maior, de 2,20%, o mesmo previsto na semana passada. A projeção para 2021 e 2022 também não sofreu alterações desde a última pesquisa, ficando em 2,50%.

Inflação

A estimativa de inflação calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 3,82% para 3,80%, a quinta redução seguida. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2020 caiu de 3,95% para 3,91%. A meta para o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021 e 2022, o centro da meta de inflação é 3,75% e 3,5%, respectivamente, também com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. A previsão do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic,  recentemente mantida em 6,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao final de 2019, as instituições financeiras esperam que a Selic esteja em 5,50% ao ano. Na semana passada, a projeção era de 5,75% ao ano. Para o fim de 2020, a expectativa é que a taxa baixe para 6% ao ano e, no fim de 2021 e 2022, chegue a 7,5% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo e estimulando a atividade econômica. Quando aumenta, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação .

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