Em meio à crise aberta com a demissão do presidente do BNDES, Joaquim Levy , funcionários do banco de fomento organizam uma manifestação para a próxima quarta-feira, dia 19, contra a “antipatriótica desconstrução da instituição, em especial a medida do relator da reforma da Previdência de acabar com os repasses constitucionais do PIS/Pasep para o Banco”.
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O ato já estava marcado desde a última quinta-feira, dia 13. Segundo a Associação de Funcionários do BNDES (AFBNDES), cinco ex-presidentes da instituição confirmaram presença na manifestação: Paulo Rabello de Castro, Dyogo de Oliveira, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Luciano Coutinho e André Franco Montoro Filho.
Em nota divulgada na noite de sábado, antes do pedido de demissão apresentado por Levy, a associação destacou algumas divergências com Joaquim, como no episódio do afastamento de Daniela Baccas do comando do Departamento de Meio Ambiente , após críticas do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre a gestão do Fundo Amazônia.
Contudo, reconheceu que “ Joaquim Levy nunca apoiou ou defendeu fantasias e calúnias que o presidente da República, sempre saudoso da campanha eleitoral, insiste em declarar sobre o BNDES”, reforçando o chamado para o ato.
No comunicado, a associação afirma que um dos pontos que, aparentemente, fragilizou Levy foi sua “resistência em devolver os aportes do Tesouro na intensidade pedida pelo ministério da Economia”.
O governo exige a devolução de R$ 126 bilhões, mas, para a associação de funcionários , a transferência viola a Lei de Responsabilidade Fiscal, pois o BNDES não pode fazer operações de crédito nem antecipação de pagamento ao governo federal.
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“Sobre esse tema, é importante apontar que resistências foram comuns a todos os últimos presidentes do BNDES que tiveram que providenciar tais devoluções”, afirmou a associação. “São executivos e técnicos do Banco que colocam seus CPFs em risco com essas demanda”.