Mourão disse que moeda comum  entre Brasil e Argentina é 'baita de um avanço' se for factível
Adnilton Farias/VPR
Mourão disse que moeda comum entre Brasil e Argentina é 'baita de um avanço' se for factível

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou a possibilidade de unificação das moedas de Brasil e Argentina, salientando que não dispõe de dados para avaliar a proposta, mas avaliando que a iniciativa pode ser "um baita de um avanço" caso haja a possibilidade de ser factível. Ele ressaltou ainda que se trata de uma "coisa embrionária" e que não sabe quais são os fundamentos da ideia.

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A iniciativa começou a ser especulada nesta quinta-feira (6), durante viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e comitiva à Buenos Aires, e foi atribuída ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesta sexta-feira, o capitão reformado afirmou que a ideia é levar a moeda comum para toda a América do Sul e disse que o projeto poderia ser uma " trava em aventuras socialistas " no continente.

"Olha, eu não estava nesta reunião, então não tenho dados pra te dar uma avaliação coerente sobre isso aí. A criação de uma moeda única , o Paulo Guedes é quem entende mais. É óbvio que se houver possibilidade de ser factível isso, é um baita de um avanço, né? A União Europeia tem sua moeda única, que é o euro. Se nós chegarmos aqui na América do Sul a um passo desse, acho que seria bom pra todo mundo", declarou Mourão.

Mourão defendeu ainda que o  Mercosul precisa ser sempre fortalecido, por se tratar do "entorno próximo" do Brasil. Questionado sobre o comentário do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que colocou a ideia em xeque ao perguntar se o real não seria desvalorizado e o dólar valeria R$ 6, o vice-presidente disse achar leviano julgar o projeto sem ter acesso ao seu embasamento.

Segundo Guedes , a ideia é especulação e a criação dessa moeda comum, já chamada de “ peso real ”,  é um plano, por enquanto, para longo prazo. "É algo que poderia acontecer em um prazo de 20 anos”, afirmou.

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Assim como ele, no fim da noite desta quinta-feira (6), o Banco Central brasileiro divulgou uma nota explicando que as conversas entre os dois países são incipientes. Segundo fontes, o comunicado foi redigido às pressas, para evitar reações precipitadas após as declarações de Bolsonaro sobre o tema.

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